Doenças modernas: tecnologias criam reféns da contemporaneidade

Fragilidade dos laços, pessoas ansiosas e inseguras emocionalmente são os principais problemas causados pela vida 'high tec'.
As novas tecnologias não apenas tornam a vida mais fácil, mas também produzem mudanças nos costumes e hábitos sociais. Seu uso compulsivo pode provocar patologias relativamente novas e pouco diagnosticadas, mas que atingem um número cada vez maior de pessoas. Hoje em dia, já há quem não consiga passar um minuto sequer sem o celular, o computador, a internet. Pessoas que viraram reféns do mundo moderno.
O problema de passar o dia inteiro na internet, por exemplo, é que a pessoa deixa de viver a vida real. Ela tem muitos contatos virtuais e quase nenhum físico. Como explica a psicóloga Vivyanne Farias.
“Sobre essa questão, a gente tem várias perspectivas de observação. Uma delas trata da fragilidade dos vínculos. Ao mesmo tempo em que as pessoas têm um grande repertório, uma grande possibilidade de redes de contato, esses vínculos estão cada vez mais frágeis, cada vez mais superficiais”, disse a especialista.
Um outro ponto importante, segundo a psicóloga, é que o consumo excessivo dessas tecnologias se encaixa dentro dos padrões da sociedade moderna e, por isso o indivíduo não costuma ter consciência dos riscos aos quais está exposto.
“Ainda faltam estudos mais aprofundados que comprovem os impactos das tecnologias no homem moderno. Mas, o que a gente percebe são as demandas excessivas que as tecnologias exigem e, muitas vezes, a impossibilidade do ser humano de acompanhar do discernimento. E aí a gente tem indivíduos cada vez mais perfeccionistas, exigentes, intolerantes consigo mesmo e em suas relações”, destacou Vivyanne Farias.
Sem alardes, é certo que isso não ocorre todos os dias. Porém, entre os especialistas é unânime a opinião de que pessoas inseguras, imaturas, incapazes de resolver seus problemas, instáveis emocionalmente ou com tendência a buscar o prazer de forma imediata são as mais propensas a cair na dependência do uso da internet ou do celular.
O segredo, segundo a psicóloga, é respeitar os limites do seu corpo.
“Eu acho que as tecnologias podem ser uma ferramenta de desenvolvimento bastante felizes, bastante promissoras, desde que utilizadas de maneira adequada, com discernimento e com pensamento crítico”, pontuou.
E completou: “É possível sim acompanhar o desenvolvimento tecnológico com a saúde, desde que a gente faça isso respeitando nosso próprio corpo, respeitando nossa capacidade assimilação, respeitando o nosso próprio desenvolvimento e sem que as tecnologias venham a substituir o contato humano. Que elas sejam pontes, ferramentas que propiciem o contato humano, e não um meio de substituição”, concluiu Vivyanne Farias.

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