Datafolha aponta queda de Dilma, mas vitória no 1º turno

Vantagem da candidata do PT sobre a soma dos adversários caiu para dois pontos, considerando os votos válidos.
Na reta final das eleições, o instituto Datafolha divulgou nesta terça-feira (28) mais uma pesquisa para a corrida presidencial. Neste levantamento, a candidata do PT, Dilma Rousseff, caiu nas intenções de votos, mas ainda assim venceria no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje.
De acordo com a pesquisa, publicada na Folha de São Paulo, Dilma Rousseff perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos. No levantamento anterior ela tinha 54% e agora está com 51%.
Contudo, a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Com isso, a candidata do PT pode ter 49% dos votos válidos ou 53%, garantindo a vitória no primeiro turno.

O principal adversário de Dilma, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, subiu um ponto percentual. Ele estava com 31% dos votos válidos e oscilou positivamente para 32%.

Marina Silva, do PV, também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Passou para 16%, ante os 14% que tinha na última pesquisa, realizada entre os dias 21 e 22 de setembro.

Efeito Erenice
A pesquisa do Datafolha aponta que Dilma Rousseff começou a cair desde a segunda semana de setembro, quando foi amplamente veiculado na imprensa o escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. De lá para cá, o total das inteções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%.

Considerando somente os votos válidos, a diferença entre Dilma e os demais candidatos despencou de 14 pontos há duas semanas para dois pontos agora.

Segundo a Folha de São Paulo, houve queda ou oscilação negativa para a candidata do PT em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.

Uma das maiores baixas (queda de 5% nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.020,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 32913/2010.

*Com informações da Folha de São Paulo.