Balança comercial do RN terá primeiro déficit em mais de 10 anos

Queda é impulsionada pelos investimentos em energia eólica. Setor é responsável por quase metade das importações potiguares.
Pela primeira vez, desde 1997, a balança comercial do Rio Grande do Norte deve fechar o ano com saldo negativo. Isto significa que, em 2010, o Estado importou mais do que exportou. Até o mês de outubro, as indústrias potiguares haviam exportado o correspondente a US$ 219.473.908. No mesmo período, as importações somaram US$ 287.118.714.

E a maior responsável pelo saldo deficitário é a energia eólica. Puxadas pela compra de eletrogeradores, as importações do setor já somam US$ 131.864.273 e correspondem a quase metade do total importado pelo Rio Grande do Norte até o mês de outubro.

Segundo o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Otomar Cardoso Júnior, apesar do saldo negativo, os números da balança são positivos, uma vez que refletem os grandes investimentos feitos no setor de energia eólica.
“É o que chamamos de importações positivas porque trazem desenvolvimento, contribuindo com a produção, e sem exercer nenhum tipo de concorrência com empresas locais”, explica.

E continua: “Esse setor necessita de equipamentos de alta tecnologia não produzidos no país. É preciso que se entenda que, para o Rio Grande do Norte se tornar autosuficente energeticamente, esses investimentos vão acontecer e o saldo da balança comercial vai continuar deficitário”, destacou Otomar Cardoso.

Para que se tenha ideia do impacto desses investimentos, apenas no mês de janeiro deste ano, as importações cresceram quase 500% em relação ao mesmo período de 2009. O salto foi influenciado, principalmente, pelos investimentos nos parques eólicos Alegria I e Alegria II, em Guamaré.
“E além dos investimentos, o que a gente observa é que essas importações estão contribuindo para a internacionalização do mercado potiguar. A empresa que está investindo nos parques é australiana e os equipamentos fabricados na índia, com tecnologia européia. Tudo isso reunido no Rio Grande do Norte”, comemorou o coordenador de Desenvolvimento Comercial da Sedec.

Exportações
Enquanto isso, nas exportações, os destaques continuam sendo os produtos ligados ao agronegócio. Disputando o topo do ranking, a castanha de caju, o melão e o açúcar continuam fortes no mercado internacional.

Apesar disso, esses três produtos somam US$ 90.855.531 exportados entre os meses de janeiro a outubro deste ano. “O que a gente observa, sobretudo nos últimos cinco anos, é a consolidação do agronegócio potiguar, sobretudo nos produtos da fruticultura tropical. Sem duvida, o agronegócio é o caminho”, destaca Otomar Cardoso.
Segundo o coordenador da Sedec, o melão foi a primeira identidade do Rio Grande do Norte em termos de exportação. “Nosso estado também tem força nos setores têxtil e de alimentos”, ponderou.

Prova disso, é o ranking das empresas que mais exportam no estado. Segundo último levantamento, a Coteminas foi a empresa que mais exportou até o mês de outubro, somando U$S 22.640.825.

Destinos
Entre os principais destinos dos produtos potiguares, os Estados Unidos continuam sendo o país que mais importa do estado. De janeiro a outubro, foram US$ 63.525.121, o que corresponde a 28,9% de tudo que foi exportado pelo Rio Grande do Norte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FINAL DE SEMANA ACONTECE AS SEMI FINAIS DO REGIONAL DO DISTRITO DE CRIOULAS PEREIRO/CE

REUNIÃO DEFINE O DECIMO QUARTO CAMPEONATO MUNICIPAL DE POÇO DANTAS:

MERCADO DA BOLA AMIGOS APRESENTA AS DUAS MAIORES CONTRATAÇÕES DA TEMPORADA