Saiba como se prevenir da conjuntivite
Você está sentindo uma coceira constante nos olhos, como se houvesse um grão de areia que insistisse em não sair dali? Cuidado: você pode estar com conjuntivite. O oftalmologista Idivaldo Vilas Boas comenta as maneiras de se evitar a forma viral da doença, que está espalhando-se rapidamente por vários estados do país.
Desde o final de fevereiro, um surto de conjuntivite viral tem atingido alguns estados do Brasil. O Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi notificado pelas Secretarias Estaduais de Saúde de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul sobre a ocorrência de aproximadamente 107 mil casos de conjuntivite nesses estados até o momento. Há 19 anos o Brasil não vivia uma epidemia tão grande de conjuntivite infecciosa como a que se vê atualmente.
Segundo as informações recebidas pelo Cenepi, Santa Catarina é o estado que apresenta o maior número de casos, com 47 mil registros, principalmente na região litorânea. Em seguida, vêm São Paulo, com 20 mil casos; Mato Grosso do Sul, com 16 mil; Paraná, com 15 mil; Rio Grande do Sul, com 7 mil; e Ceará, com 672 casos. Estima-se que só na cidade de Paranaguá (litoral paranaense), 30% da população esteja contaminada. Segundo a Funasa, os serviços de saúde dos estados estão em alerta por causa da rápida disseminação.
Vírus identificado
O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, já anunciou a identificação do vírus responsável pelos surtos de conjuntivite que ocorrem no sul e sudeste do país. Trata-se do enterovírus 70, que já esteve associado a surtos em anos anteriores.
De acordo com o Cenepi, é comum a ocorrência de surtos de conjuntivites virais nesta época do ano. A aglomeração de pessoas nos grandes centros urbanos e o intenso trânsito delas entre as capitais podem ser considerados prováveis causas da rápida disseminação da doença. A epidemia de conjuntivite no Brasil deve avançar por, pelo menos, mais um mês, segundo estimativas de especialistas.
Para falar dos sintomas, prevenção e tratamento dessa doença, o portal entrevistou o oftalmologista Idivaldo Vilas Boas, que avisou: na ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, deve-se evitar a automedicação e procurar ajuda médica!
O que é a conjuntivite e quais são suas variações?
A conjuntivite é uma inflamação ocular que envolve uma ou mais camadas da conjuntiva, um tecido do olho. Geralmente, é causada por uma bactéria ou vírus, mas também pode ser alérgica ou tóxica. A doença que está em surto, pelas características clínicas e epidemiológicas verificadas, é de origem viral.
A conjuntivite é grave?
O quadro clínico varia de leve a moderado e, nos casos mais severos, pode ocorrer hemorragia conjuntival, dor ocular e edema palpebral. Mas não há motivo para alarde, pois a conjuntivite é uma doença benigna.
Quais são os sintomas?
O paciente sente irritação nos olhos, tendo a sensação de que há areia neles, e dor ocular. Nos primeiros quatro a sete dias, os sintomas são mais acentuados, e eles podem persistir por até duas semanas.
Como ocorre a contaminação?
Por se tratar de um vírus, esse tipo de conjuntivite é transmitida pelo contato físico com a pessoa doente que coçou os olhos com os dedos. Pode se dar pelo aperto de mão e pelo uso de toalhas e piscinas contaminadas. As pessoas com esse tipo de doença podem contaminar outras por até 15 dias desde o início dos sintomas. Qualquer um pode contrair conjuntivite se tocar em objetos contaminados e levar os dedos aos olhos.
Como se trata a conjuntivite viral?
Não existe remédio para essa doença, mas utilizam-se colírios para aliviar os sintomas e compressas de água fria nas vistas para diminuir a dor. Os usuários de lentes de contato que perceberem esses sintomas devem suspender o uso das lentes. No entanto, as pessoas devem lembrar que a recomendação é procurar sempre um posto de saúde ou o atendimento de um oftalmologista para fazer o tratamento adequado.
E como se faz a prevenção da doença?
O segredo é manter uma boa higiene. Deve-se lavar as mãos com freqüência, usar lenços de papel, evitar coçar os olhos, não compartilhar maquiagem para os olhos, soluções oftálmicas e outros medicamentos com conta-gotas, trocar freqüentemente as fronhas dos travesseiros e evitar locais aglomerados quando se tem notícia da ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite.
Desde o final de fevereiro, um surto de conjuntivite viral tem atingido alguns estados do Brasil. O Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi notificado pelas Secretarias Estaduais de Saúde de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul sobre a ocorrência de aproximadamente 107 mil casos de conjuntivite nesses estados até o momento. Há 19 anos o Brasil não vivia uma epidemia tão grande de conjuntivite infecciosa como a que se vê atualmente.
Segundo as informações recebidas pelo Cenepi, Santa Catarina é o estado que apresenta o maior número de casos, com 47 mil registros, principalmente na região litorânea. Em seguida, vêm São Paulo, com 20 mil casos; Mato Grosso do Sul, com 16 mil; Paraná, com 15 mil; Rio Grande do Sul, com 7 mil; e Ceará, com 672 casos. Estima-se que só na cidade de Paranaguá (litoral paranaense), 30% da população esteja contaminada. Segundo a Funasa, os serviços de saúde dos estados estão em alerta por causa da rápida disseminação.
Vírus identificado
O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, já anunciou a identificação do vírus responsável pelos surtos de conjuntivite que ocorrem no sul e sudeste do país. Trata-se do enterovírus 70, que já esteve associado a surtos em anos anteriores.
De acordo com o Cenepi, é comum a ocorrência de surtos de conjuntivites virais nesta época do ano. A aglomeração de pessoas nos grandes centros urbanos e o intenso trânsito delas entre as capitais podem ser considerados prováveis causas da rápida disseminação da doença. A epidemia de conjuntivite no Brasil deve avançar por, pelo menos, mais um mês, segundo estimativas de especialistas.
Para falar dos sintomas, prevenção e tratamento dessa doença, o portal entrevistou o oftalmologista Idivaldo Vilas Boas, que avisou: na ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, deve-se evitar a automedicação e procurar ajuda médica!
O que é a conjuntivite e quais são suas variações?
A conjuntivite é uma inflamação ocular que envolve uma ou mais camadas da conjuntiva, um tecido do olho. Geralmente, é causada por uma bactéria ou vírus, mas também pode ser alérgica ou tóxica. A doença que está em surto, pelas características clínicas e epidemiológicas verificadas, é de origem viral.
A conjuntivite é grave?
O quadro clínico varia de leve a moderado e, nos casos mais severos, pode ocorrer hemorragia conjuntival, dor ocular e edema palpebral. Mas não há motivo para alarde, pois a conjuntivite é uma doença benigna.
Quais são os sintomas?
O paciente sente irritação nos olhos, tendo a sensação de que há areia neles, e dor ocular. Nos primeiros quatro a sete dias, os sintomas são mais acentuados, e eles podem persistir por até duas semanas.
Como ocorre a contaminação?
Por se tratar de um vírus, esse tipo de conjuntivite é transmitida pelo contato físico com a pessoa doente que coçou os olhos com os dedos. Pode se dar pelo aperto de mão e pelo uso de toalhas e piscinas contaminadas. As pessoas com esse tipo de doença podem contaminar outras por até 15 dias desde o início dos sintomas. Qualquer um pode contrair conjuntivite se tocar em objetos contaminados e levar os dedos aos olhos.
Como se trata a conjuntivite viral?
Não existe remédio para essa doença, mas utilizam-se colírios para aliviar os sintomas e compressas de água fria nas vistas para diminuir a dor. Os usuários de lentes de contato que perceberem esses sintomas devem suspender o uso das lentes. No entanto, as pessoas devem lembrar que a recomendação é procurar sempre um posto de saúde ou o atendimento de um oftalmologista para fazer o tratamento adequado.
E como se faz a prevenção da doença?
O segredo é manter uma boa higiene. Deve-se lavar as mãos com freqüência, usar lenços de papel, evitar coçar os olhos, não compartilhar maquiagem para os olhos, soluções oftálmicas e outros medicamentos com conta-gotas, trocar freqüentemente as fronhas dos travesseiros e evitar locais aglomerados quando se tem notícia da ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite.
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