Redução do preço da conta de luz pode permitir aumento da gasolina
A redução do preço da energia deve passar pela diminuição ou extinção de alguns dos dez encargos setoriais cobrados atualmente, que representam cerca de 10% do preço da energia. Por causa disso, a equipe econômica do governo já estuda conceder o primeiro reajuste de preço da gasolina para o consumidor em quase oito anos.
A Petrobrás, que registrou o primeiro prejuízo no segundo trimestre em 13 anos, pressiona pelo aumento do combustível. Mas a decisão de cobrar do consumidor final um aumento no preço da gasolina tem sido adiada pelo governo.
Até o momento, foi optado cortar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um tributo sobre o combustível, para evitar que o aumento de preço na refinaria contaminasse o valor cobrado nos postos.
No final do mês de junho, o governo autorizou a Petrobrás o reajuste da gasolina em 7,4%, mas não foi percebida pelo consumidor porque o governo levou a zero a alíquota da Cide, blindando os preços pagos pelo consumidor.
O congelamento do preço da gasolina também provoca outro problema econômico. Entre janeiro a julho de 2012, a Petrobrás importou mais de US$ 6 bilhões em combustíveis, uma ampliação de 417% na comparação com 2011. Por comprar gasolina pagando a cotação internacional e revendê-la a preços domésticos, a Petrobrás registrou prejuízo de US$ 1,3 bilhão de abril a junho deste ano.
Fonte: Nominuto.com
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