Decreto da presidente Dilma Roussef pode paralisar 263 obras no RN
O corte de gastos promovido pelo governo federal
atingiu as prefeituras de todo o país. Os municípios do Rio Grande do
Norte correm o risco de perder R$ 730 milhões de Restos a Pagar (RAP)
dos exercícios de 2013 e 2014. Isso por causa do decreto presidencial
8407/2015, que pode cancelar todos os RAPs de despesas cuja execução não
tenha previsão de início até o próximo dia 30 de junho.
Esses recursos – em sua maioria provenientes de
emendas parlamentares ou emendas de bancadas ao Orçamento da União – são
destinados à aquisição de equipamentos e realização de obras, em que os
pagamentos sofreram atraso e são deixados para o ano seguinte.
Do plenário da Câmara, o coordenador da bancada
do Rio Grande do Norte, deputado federal Felipe Maia (DEM), destacou a
preocupação dos prefeitos do estado com esse decreto, considerando que
263 obras no RN podem perder repasses desses Restos a Pagar.
“Esse decreto da Presidência estabelece um prazo
que preocupa bastante os prefeitos, que padecem da falta de recursos
para investir nos municípios. O principal problema é que o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, não está destinando recursos para os Ministérios
repassarem às obras. Este decreto pode causar grande perda às
prefeituras e vai prejudicar os municípios do Brasil”, disse.
Felipe Maia ainda sugeriu que seja feita uma
força-tarefa entre os parlamentares em direção ao vice-presidente da
República e articulador político do atual governo, Michel Temer, e ao
Ministério da Fazenda para abordar o problema e pedir atenção aos
repasses aos municípios.
Fonte: Portal no ar.
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