Menino Eduardo perde um pouco do medo que tem da polícia

Foto: Cezar Alves
O menino José Eduardo da Silva Rocha, de 8 anos, começou a perder o medo da polícia depois de reportagem publicada pelo portal MOSSORÓ HOJE. Ele aceitou conversar com policiais, apertar a mão, tirar fotos ao lado da viatura, mas não aceitou em hipótese nenhuma entrar na viatura.
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Eduardo recebeu a visita na manhã desta quarta-feira, 23, em sua residência no bairro Santo Antônio, dos agentes de Polícia Civil Ailson Rodrigues, Erivelton Nunes e Luiz Josélio Rocha, lotados na Delegacia de Homicídios de Mossoró.

A mãe de Eduardo, a baraunense Maria Damiana da Silva, de 50 anos, havia saído para procurar latas e garrafas plásticas, mais uma vez em sua luta diária pelo alimento. As filhas contaram ao MOSSORÓ HOJE que ela iria demorar a chegar.
“Queríamos, como cidadão, conhecer e reduzir, de alguma forma, este medo do garoto de polícia”, explica Ailson Rodrigues. O agente civil Erivelton Nunes acrescentou que o cidadão, incluindo crianças, precisa respeitar a instituição policial e não ter medo.
O MOSSORÓ HOJE acompanhou a visita e aproveitou para entregar as cestas básicas e brinquedos enviados por leitores junto com os presentes levados pelos policiais. Eduardo estava em casa com três irmãs e sobrinhos (filhos das irmãs).
A casinha é muita pequena. A família dorme em redes e colchões em todos os vãos da residência que fica na Rua Pastor Othoniel Marques Quedes, em frente à Escola Santa Terezinha, no bairro Santo Antônio (Estrada da Raiz).
Eduardo quando avistou a viatura policial inicialmente se escondeu dentro de casa, mas logo em seguida o repórter do MOSSORÓ HOJE o convenceu a sair para receber os policiais. O trauma do garoto, aparentemente, é que os vizinhos disseram que ele ia ser preso por criar um galo em casa.
Eduardo disse que vendeu o galo por R$ 20,00 e agora tem dois pintos. Quando perguntado pelos policiais, ele correu dentro de casa, capturou um e trouxe para os policiais. A cara de medo era patente, que aos poucos foi sendo substituída por sorrisos.
Quando convencido de que não seria preso, Eduardo perguntou pelo carrinho de controle remoto. O brinquedo foi entregue pelo agente civil Ailson Rodrigues. Ele recebeu e agradeceu. Apertou a mão do agente. Os policiais levaram também uma cesta básica.
Os policiais colocaram as baterias no carrinho de controle remoto enquanto ele já foi brincando com outro carrinho (trator) também enviado por leitores do MOSSORÓ HOJE, junto com outras quatro cestas básicas. Puxaram conversa com Eduardo sobre a escola e ele admitiu que foi reprovado, mas garantiu que ia se esforçar no ano seguinte.
Antes de ir embora, os policiais pediram para tirar foto e Eduardo acertou, ainda meio desconfiado. Quando recebeu o convite para entrar na viatura, conhecer, apertar a cirene, Eduardo correu para dentro de casa, deixando inclusive os brinquedos fora.
Suas irmãs ainda o convenceram a voltar e ir até a viatura, mas foi na companhia delas. Não entrou na viatura.
“Foi uma forma de aproximação, de conhecer a realidade que vivem e de buscar quebrar este estigmar de medo de polícia. Foi muito bom esta aproximação”, destaca o policial, lamentando apenas não ter conhecido a mãe do garoto, Maria Damiana.
Fonte: Mossoró Hoje.

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